Histórias de orgulho, deslumbre e nostalgia, que nos exibem como se faz uma identidade e afirma a vida que vivemos na escola
Vivemos na escola. Esse espaço de aprendizado também abre espaço para desejos, aventuras, descobertas, realizações, conflitos, tristezas, alegrias. É com esse material que a pesquisadora e escritora Elaine Oliveira opera na dissertação de mestrado “Narrar a experiência da escola: um ensaio poético filosófico à luz da teoria da experiência e da narração de Walter Benjamin“. Defendida em 2023, a obra pensa a relação entre docência e vivências de infância, e conta com crônicas autobiográficas, das quais Úrsula expõe uma seleta.
Veja também:
>> “Parte do que sou começou em uma sala de aula“, por William Nunes
>> “A Moda como Organização Social da Aparência em Walter Benjamin“, por Brunno Almeida Maia
Nesses textos, Elaine, com delicadeza, conta momentos em que sentiu orgulho – a professora, em pessoa, pedindo seu caderno! –, ou em que se chocou com a rigidez do ensino – é ponto que se põe em cima do i, menina, não bolinha! – ou situações de fascínio, seja pelo primeiro dia de aula, seja pela hora da formatura. Percebemos, esses depoimentos escritos desfiam o fio que enreda a identidade da autora: esses casos de escola compõem quem é hoje. Nas proximidades e distâncias que ela apresenta em relação a esse passado, Elaine também afirma o valor da memória e de contar a memória. Leia as crônicas selecionadas abaixo: