Oito crônicas sobre a experiência da escola, por Elaine Oliveira

Histórias de orgulho, deslumbre e nostalgia, que nos exibem como se faz uma identidade e afirma a vida que vivemos na escola

Registro de uma pintura de Arnaldo Louro de Almeida (1926-2008) em uma escola de Portugal. A magia se destacando dos azulejos de alguma forma captura o espírito das crônicas que apresentamos aqui | imagem: Ana Lopes de Almeida/Biblioteca de Arte

Vivemos na escola. Esse espaço de aprendizado também abre espaço para desejos, aventuras, descobertas, realizações, conflitos, tristezas, alegrias. É com esse material que a pesquisadora e escritora Elaine Oliveira opera na dissertação de mestrado “Narrar a experiência da escola: um ensaio poético filosófico à luz da teoria da experiência e da narração de Walter Benjamin“. Defendida em 2023, a obra pensa a relação entre docência e vivências de infância, e conta com crônicas autobiográficas, das quais Úrsula expõe uma seleta.

Veja também:
>> “Parte do que sou começou em uma sala de aula“, por William Nunes
>> “A Moda como Organização Social da Aparência em Walter Benjamin“, por Brunno Almeida Maia

Nesses textos, Elaine, com delicadeza, conta momentos em que sentiu orgulho – a professora, em pessoa, pedindo seu caderno! –, ou em que se chocou com a rigidez do ensino – é ponto que se põe em cima do i, menina, não bolinha! – ou situações de fascínio, seja pelo primeiro dia de aula, seja pela hora da formatura. Percebemos, esses depoimentos escritos desfiam o fio que enreda a identidade da autora: esses casos de escola compõem quem é hoje. Nas proximidades e distâncias que ela apresenta em relação a esse passado, Elaine também afirma o valor da memória e de contar a memória. Leia as crônicas selecionadas abaixo:

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