Dezumbizar-se: como criar para si um corpo vibrante?

A partir da popularidade do zumbi na cultura, um debate sobre como vivemos os nossos corpos, em diálogo com a filosofia e a psicologia

“Seria a presença da figura do morto-vivo um sintoma de nossa desconexão com nossos corpos?” | imagem: Alessandro Augusto Lucia

Este é o texto-base utilizado por uma formação centrada na prática de corposofia, discutida aqui


“Neste instante, esteja você onde estiver, há uma casa com seu nome. Você é o único proprietário, mas faz tempo que perdeu as chaves. Por isso, fica de fora, só vendo a fachada. Não chega a morar nela. Essa casa, teto que abriga suas mais recônditas e reprimidas lembranças, é seu corpo. (…) Ser é nascer continuamente. Mas quantos se deixam morrer pouco a pouco, enquanto vão se integrando perfeitamente às estruturas da vida contemporânea, até perderem a vida, pois que se perdem de vista?”

– Thérèse Bertherat e Carol Bernstein no livro O Corpo tem suas razões

“Que o homem não me define, minha casa não me define, minha carne não me define, eu sou meu próprio lar”

– Francisco El Hombre, “Triste, louca ou má

Nos últimos anos, aumentou o interesse de crianças, jovens e até mesmo adultos por filmes, livros e séries de TV sobre os zumbis, ou mortos-vivos. The walking dead (2010) é uma das séries mais famosas sobre esse tema já muito explorado pelo cinema: White Zombie (de 1932, dirigido por Victor Halperin), Noite dos mortos-vivos (de 1968, dirigido por George Romero), o famoso clipe da canção “Thriller”, de Michael Jackson, a franquia Resident evil (originada nos games e hoje com filmes e série de TV), a Madrugada dos mortos (de 2004, dirigido por Zack Snyder), The walking dead, dentre outros. O que nos interessa saber é: seria a presença da figura do morto-vivo um sintoma de nossa desconexão com nossos corpos? Até que ponto uma sociedade que nega o corpo, a sexualidade e a espontaneidade encontram nesse personagem sua identidade ou a comprovação do esvaziamento de sua subjetividade?

Veja também:
>> “Nós não somos quem pensamos ser“, por Duanne Ribeiro
>> “The Last of Us e a ética“, por Rafael Teixeira

Ao pesquisarmos sobre a origem dos zumbis, vamos nos deparar com várias genealogias mágicas. Um das explicações da sua origem está nos rituais haitianos de vodu, que incluem a ingestão de alucinógenos no momento de enterrar uma pessoa viva. Na necromancia ocidental, os “zumbis”, cuja alma “se separou do corpo”, são reconhecidos pela “extinção do senso afetuoso e moral; não são bons, não são maus: são mortos”1.

Provavelmente foi o “desencantamento do mundo”2, ou seja, a racionalização dos fenômenos místicos promovido pela modernidade, que fez as atuais narrativas de zumbis menos místicas. Em Walking dead, os mortos vivos se tornam zumbis devido a um vírus. No Brasil, a série de livros mais famosa sobre zumbis foi escrita por Rodrigo de Oliveira. O vale dos mortos é o primeiro livro desta série, que descreve um cenário apocalíptico: um planeta gigantesco vem em direção à Terra e desencadeia uma espécie de reação nos terráqueos, transformando-os em mortos-vivos sedentos de carne e sangue.

Uma forma de interpretarmos a presença de tantos zumbis, seja na literatura, seja no cinema ou nos desfiles do Zombie Walk (“ao vivo e a cores”), seria afirmando uma identificação de nossa época com esse mito. O que seria o corpo de um zumbi? Um corpo mortificado, dessensibilizado, uma casa vazia em que o morador parece ter desistido de habitar? Dizem Deleuze e Guattari:

O único mito moderno é o dos zumbis – esquizos mortificados, bons para o trabalho, reconduzidos à razão. Neste sentido, o selvagem e o bárbaro, com suas maneiras de codificar a morte, são crianças em relação ao homem moderno e à sua axiomática (são necessários tantos desempregados, são necessários tantos mortos, a guerra da Argélia não mata mais do que os desastres de carro do fim de semana, a morte planificada em Bengala etc.).3

A proposta de Deleuze e Guattari para devolver a vida aos corpos mortificados pelo capitalismo é a esquizoanálise: uma crítica à psicanálise freudiana que, inicialmente, tinha a intenção de liberar os desejos mortificados. Freud avançou ao dar ênfase ao inconsciente e à sexualidade, mas reduziu a sexualidade ao complexo de Édipo e à castração do desejo e seu recalque. O problema é que

[a] psicanálise se fundamenta no modelo neurose/estrutura e aponta a superação do Édipo, o amadurecimento da pessoa pela integração da lei, pelo respeito à autoridade, portanto a ordem social estabelecida; a esquizoanálise percorre outra direção: a esquizofrenia é o limiar onde passam os fluxos desejantes em um corpo sem órgãos, desterritorializado, diferenciado da produção social (…) a esquizofrenia é resultante do capitalismo, mas, ao mesmo tempo lhe escapa; além do mais ela é desfigurada e não enquadrável – loucura?4

Para Deleuze e Guattari, a psicanálise (e seu projeto de tratar a neurose e liberar a libido), ao se conectar com o instinto de morte e o familismo presente no complexo de Édipo, ao invés de liberar o potencial dos sujeitos, os captura no que lhes falta, adapta-os ao capitalismo e suas estruturas de controle e dominação da subjetividade. Com a proposta da esquizoanálise, Deleuze e Guattari apontam uma solução libertária para a sociedade de controle, isto é, propõem escapar da ordem. Nessa direção, tornar-se mais vivo é se permitir caótico; ter uma vida criativa e singular é uma forma de se “dezumbizar”.

Para restaurar a vida no corpo, para encontrar a saída ou fugir do controle que mortifica o potencial esquizo dos corpos, devemos dar vazão ao que é genuinamente diferente em nós: “O esquizo não é revolucionário, mas o processo esquizofrênico (de que o esquizo é só a interrupção, ou a continuação no vazio) é o potencial revolucionário”5. Nesse contexto em que os corpos são negados, a fuga é um ato corajoso em resposta ao fascismo e à opressão. Não podemos nos conformar com falsos refúgios ou moradas, sejam religiosas ou políticas. Para Deleuze e Guattari, essa fuga revolucionária não é uma atitude isolada, pois “todo investimento é social, e de qualquer maneira incide sobre um campo social histórico”6. Como seria viver nossas vidas como um investimento autêntico e revolucionário diante da opressão em que nossos corpos foram submetidos? E se fosse possível resgatar a capacidade inata de nossos corpos: de fugir, lutar e descongelar a sobrecarga do estresse que nos mantêm presos com corpos dóceis e inflamados?

Nossa proposta é olharmos para o corpo. Como essa mortificação está presente em nossos corpos? De certa forma, nossa sociedade, por promover uma negação do corpo e das sensações, acaba por nos deixar “menos vivos”. Nesse encontro, a sequência de exercícios das vivências busca auxiliar a flexibilizar nossos corpos especialmente o último segmento, chamado por Reich de segmento pélvico. Para Lowen,

A pelve é o osso principal do arco formado pelo corpo. Qualquer tensão crônica nos músculos da pelve e em torno desta perturbam sua movimentação e destroem o equilíbrio e a harmonia do corpo todo7.

Lowen chamou a neurose de “medo da vida”, ou seja, as pessoas neuróticas são aquelas que têm medo de viver, e chamou as pessoas saudáveis e mais conectadas aos seus corpos de pessoas sexuais.  Ao se desconectar/desvitalizar/mortificar a pelve, o sujeito neurótico pode enunciar sentenças como: “‘Não sei por que estou cansado’; ‘Não deveria estar cansado’. (…) Uma pessoa sexual aceitará sua resposta corporal como indicativa de sensação ou falta desta”8. Energeticamente, esse segmento conecta-se ao chakra da base, ou chakra raiz, que é o primeiro chakra, que se encontra na base da coluna, como informa Gerber:

O primeiro chakra é chamado de coccigiano, de base ou chakra raiz. Como diz o seu nome, o centro da raiz reflete o grau com que nos sentimos ligados à terra ou com que executamos nossas atividades mantendo os pés no chão (…) está relacionado com os sentimentos básicos de medo de ferimentos físicos e é o principal agente motor da assim chamada resposta de fuga e luta9.

Apesar de não estarmos em uma floresta selvagem, nosso corpo mantém suas respostas naturais diante do estado de ameaça, que é correr, fugir, lutar, congelar. Enfim, fingir de morto para sobreviver ao constante estado de alerta devido ao medo que provém da violência urbana.

Reich, quando pensou o bloqueio ou tensão presente no assoalho pélvico, indicou que esse segmento compreende todos os músculos da pelve, a parte baixa do abdômen, os adutores da coxa e inclusive a parte interna (glúteos e ânus). O que essa contração produz não permite uma descarga energética e, em vez de prazer, o indivíduo experimenta impulsos de raiva. As sensações de “prazer na pelve só podem ser afloradas quando a raiva tiver sido liberada dos músculos pélvicos”10. Por que Reich dá tanta ênfase à questão do orgasmo? Para ele, o orgasmo seria a forma de descarga da fase genital, ou seja, a mais madura no desenvolvimento infantil. Por isso, expressaria a intimidade e a entrega ao amor na vida adulta. No entanto, explica um comentarista, as contrações musculares formam uma couraça que não permite “a pulsação natural de acontecer no encontro com o outro, devido ao medo de decepcionar-se, machucar-se, como um dia a criança foi machucada nas suas demandas de afeto pré-genitais”11.

Ora, o que temos presenciado em nossa sociedade é uma constante tensão. Não há descarga para o estresse, seja nos relacionamentos afetivos seja no trabalho. Se retomarmos a fórmula reichiana do orgasmo para a autorregulação: tensão carga, descarga e relaxamento. Pode-se dizer que vivemos numa sociedade doente. O que temos visto é somente um excesso de tarefas e metas e não a possibilidade de descarga, relaxamento e entrega.

Como então pensar numa vida revolucionária que seja uma fuga desse sistema doente, como propõe Deleuze e Guattari? Como fugir ou lutar se nossos corpos estão congelados pelo medo? Como ocupar essa casa que é nosso corpo e resgatar a alegria de um corpo que vibra e pulsa? Para entender melhor como estão nossos corpos, vamos recuperar outro conceito reichiano, o da unidade funcional do corpo e psique/mente. Isto é, existe uma conexão da mente com o corpo. Assim, numa situação de ameaça, nosso corpo contrai ao sentir medo, e, numa situação de prazer, nosso corpo relaxa e expande. O estresse contínuo e os traumas podem abalar essa conexão e desencadear doenças somáticas ou transtornos psíquicos, como a depressão12.

O psiquiatra Peter Levine, em sua obra O despertar do tigre, define trauma como um acontecimento em que o organismo é forçado acima da sua capacidade adaptativa de regulação dos estados de ativação do sistema nervoso. Ocorre uma desorganização do sistema nervoso. Com esta falha, ele não consegue recuperar completamente seu equilíbrio13. Para compreender esse nosso funcionamento fisiológico, Levine defende que nosso cérebro é constituído de três partes principais: océrebro reptiliano (instintivo), o cérebro mamífero ou límbico (emocional) e o cérebro humano ou neocórtex (racional)”. Diz ele que

(…) a chave para curar os sintomas traumáticos nos humanos está em sermos capazes de espelhar a adaptação fluída dos animais selvagens quando eles se sacodem e saem da resposta de imobilidade e reassumem novamente toda a sua mobilidade e funcionalidade14.

Trabalhos recentes sobre trauma, como o TRE (Trauma Releasing Exercises na expressão em inglês, Técnica de Redução de Estresse na versão em português) de David Berceli, indicam que situações de choque promovem uma grande contração na musculatura ligada ao assoalho pélvico.

Os músculos psoas sobrepõem-se sobre o ilíaco e os músculos do diafragma na espinha. Juntos, eles formam um sistema de ligação do torso, pélvis e pernas. Já que esta é uma área estratégica de proteção, o grande número de nervos simpáticos (nervos lutar/fugir) também é encontrado nessa área do corpo15.

Seja através da proposta da TRE, dos exercícios de liberação do trauma de Berceli, seja através da Experiência Somática de Peter Levine, o que se percebe é a importância da liberação corporal, mas como obter tal resposta em uma sociedade que estimula comportamentos repetitivos, repressão emocional, e metas que  favorecem o congelamento e a paralisação? Isso faz com que nossos músculos, ligados às reações de fuga e luta, não fiquem disponíveis para a vida, mas presos.

Lowen alerta-nos que o grande medo de uma pessoa rígida é enlouquecer, é perder o controle. O medo da vida faz com que os indivíduos, para que não se entreguem aos seus corpos, façam um verdadeiro culto da imagem narcísica, em nome disso, sacrificam seus corpos. Eles se impõem o destino de não descansar, o que é um paradoxo, pois o fracasso os remete à morte. Mas o trabalho excessivo os leva ao burn out que os empurra para a morte como sendo a única possibilidade de descanso.

A depressão e o cansaço são endêmicos em nossa cultura e isto é até certo ponto indicação de quão insidioso é o impulso para o sucesso. A maioria das pessoas está “na viagem” da imagem do sucesso, porque associa o sucesso com felicidade, muito embora saiba que pessoas bem-sucedidas não são mais felizes do que as outras e, muitas vezes, têm até mais problemas16.

Lowen, ao contar sobre o processo terapêutico de seu cliente Mike, um rapaz rígido e muito exigente consigo mesmo, indicou que Mike teve grande melhora quando começou a se conectar com seu corpo, quando começou a soltar sua pelve e se permitiu chorar e sentir.

O que era estranho é que, toda vez que ele se permitiu sentir-se fraco, ficava mais forte. Toda vez que se permitia sentir seu cansaço, mais descansava e se recuperava. Toda vez que se sentia amedrontado, isso virava raiva e assim diminuía seu medo (…). A antiga fraqueza parecia ter desaparecido (…) tinha ido ao fundo do poço e estava agora subindo17.

É consenso entre os autores afinados com essa perspectiva que a estrutura e o funcionamento de nossa sociedade nos levam à mortificação e à desvitalização. Reich, embora tenha abandonado o marxismo, não deixou de ser revolucionário. Para ele, o corpo que recupera a capacidade de pulsar e se regular como um organismo encontra na “democracia do trabalho” uma forma de autogestão social. Não podemos garantir corpos vibrantes numa sociedade que não os favorece. O que parece ser comum entre a proposta reichiana e a esquizoanálise é que, ao resgatar a vida no corpo, o sujeito que tende a se autorregular e a tomar as rédeas da própria vida, atuar de forma mais consciente no mundo. Para Deleuze e Guattari, o campo social é transformado quando deixamos escapar os fluxos desejantes, o que é ressaltado por Câmara: “O sentir a intensidade do movimento – isso por si só é revolucionário (…), uma conjunção das diversidades, das singularidades, constituindo uma revolução permanente”18. Esse sujeito pode escolher fazer de sua vida e sua existência sua obra de arte. Essa obra pode ser, usando termos esquizoanalíticos, molecularmente revolucionária, ou seja, a ação do sujeito não reverbera apenas no âmbito individual, pois estamos inseridos nos ecossistemas das sociedades em que vivemos.

No Brasil, uma proposta prática para essa conexão com o corpo e uma ação grupal é a da Somaterapia, fundada por Roberto Freire. Este, influenciado por Reich e outras abordagens corporais como a capoeira, propõe, conforme definição de João da Mata,

(…) trabalhar sobre o tema da liberdade e da autonomia para que cada um possa viver sua singularidade e lutar contra os mecanismos e forças que agem contra nossa potência. (…) Assim, agressividade e afetividade são como os dois lados (…) uma dinâmica que buscamos encontrar no exercício de uma vida libertária no presente19.

Sair do piloto automático ou “dezumbizar-se” é descongelar o medo que contrai nossos corpos, é resgatar nossa comunhão com nosso corpo, como nossa casa. E se “ser você mesmo”, descobrir sua singularidade for a grande aventura e contribuição que o mundo precisa? Ao fazermos isso, podemos resgatar nossa conexão com o solo que pisamos; nossa comunhão com a terra.

Para Edgar Morin, um dos pilares da educação do futuro é realmente o enraizamento: “Como seres vivos deste planeta dependemos vitalmente da biosfera terrestre; devemos reconhecer nossa identidade terrena física e biológica”20.

Provavelmente, num universo tão vasto e em expansão, possa existir vida em outros planetas, já que somos um planeta tão pequeno em relação à vastidão de espaço. Essa consciência de expansão parece inicialmente nos desenraizar, mas o fato é que estamos na terra e dela vem nosso sustento. É fundamental para todos, agora e para as gerações futuras, que assumamos um compromisso com nosso corpo, como nossa casa e nosso planeta como a casa de todos.

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2 comentários sobre “Dezumbizar-se: como criar para si um corpo vibrante?

  1. Pensei aqui, enquanto lia, que o esvaziar-se do lado morte do zumbi, representado nos mecanismos comportais zumbi, sentir-pensar zumbi, é uma chance de encontrar caminhos para o “ser você mesmo”, autêntico, singular humano.

    E o que é curioso, mesmo o Zumbi que é um morto-vivo caracterizado pela parte distorcida ‘viva’ que anda, fala, amendronta e se alimenta do vivo são, essa sobra de vida denuncia a distorção tanto dos vivos quanto dos mortos.

    Uma vez que a morte que já lhe capturou, se não todo, pelo menos parcialmente, mas algo ainda vivo insiste existe regeneração para essa figura na literatura?

    Existe regeneração para as nossas partes distorcidamente mortas-vivas?
    Como deixar morrer o que vai e como regenerar o vivo insistente, mas não são?

    Encontrar caminhos na potência e singularidade aparece de novo como regeneração.

    Tarefona do humano vivo e são.

  2. Muito grato querida pela contribuição. Interessante o que você levantou sobre essa cartografia de si em relação ao zumbi. Talvez não estamos por inteiro amortizados, mas é fundamental encontrar essas partes mortificadas e colocá-las em diálogo com nossa potência afim de seguir os fluxos da Vida.

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