A Felicidade é uma Arma

Jogo de opostos em que duelam escárnio e tristeza, desespero e orgulho, e em que o suicídio se põe como a única saída

Destoando brutalmente do título que se encaixa no canto superior esquerdo da página — Felicidade — um homem direciona o cano da arma para a própria cabeça e chora. Antes que possa disparar, alguém aponta um dedo para ele e ri. É a história de um homem no instante do suicídio — e, quem sabe, do alívio — e alguém faz pouco da sua situação. O som de mais e cada vez mais gargalhadas segue alto, enquanto ele se vê atordoado contra um muro quadriculado, de traços simples.

A solução que encontra é a sua destruição. Esse jogo de opostos em que duelam escárnio e tristeza, desespero e orgulho, e em que o suicídio se põe como a única saída é o mote de Felicidade, história em quadrinhos que Capitu apresenta nas próximas páginas.

O autor, Danilo Aroeira, é mineiro de Belo Horizonte e tem 24 anos. Trabalha atualmente com publicidade, ilustração para livros infantis e é um dos responsáveis pela revista Magnito e Sua Turma. É publicitário graduado pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (Uni-BH), e especialista em História da Cultura e da Arte pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Como quadrinista, iniciou seu trabalho no jornal Diário da Tarde, de Belo Horizonte, com a série de tiras de humor A Tchurma!!. Foi diretor de arte de agências de publicidade. É autor premiado.

Sobre a HQ Felicidade, que recebeu a medalha de ouro no Expocom 2006, em Brasília, na categoria Humor Gráfico — História em Quadrinhos, Aroeira diz: “É uma das minhas favoritas. Foi a primeira que escrevi para um público mais maduro. Nem sempre tenho oportunidade de fazer histórias como essa, mas gosto muito desse estilo de narrativa. O fato de não ter falas também me agradou muito, porque provoca interpretações variadas”.

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