Este trabalho tem como objetivo discutir o samba como linguagem criativa para o Ensino de História, destacando como o enredo do Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira do ano de 2019, “História para ninar gente grande”, se configurou como uma narrativa que trouxe para o palco da história indígenas, a população negra e mulheres, como sujeitos sociais silenciados pela história tradicional, marcada pelo colonialismo, eurocentrismo e racismo, possibilitando trabalhar a abordagem da crítica decolonial na construção de histórias plurais e insurgente. Por meio de uma pesquisa exploratória, bibliográfica e da pesquisa-ação educacional, foi possível discutir a relação do samba com a Cultura e História do Brasil, e sua importância como recurso didático na construção de outras narrativas. Como produto foram elaborados oito (08) roteiros de aprendizagem, um instrumento pedagógico elaborado, intencionalmente, por meio de um planejamento prévio e que busca o envolvimento e desenvolver a autonomia dos(as) discentes. Nestes roteiros foram contempladas histórias de indígenas, negros e mulheres, personagens marginalizados pelos livros didáticos, e que, também não foram privilegiados pelas estruturas normativas do sistema brasileiro, buscando despertar nos estudantes a necessidade da crítica histórica decolonial. Esses roteiros foram aplicados em duas escolas de Ensino Médio na cidade de Rio Branco: O Colégio Sigma, escola da rede particular de ensino e na Escola Estadual José Rodrigues Leite, escola da rede estadual de ensino. O roteiro de aprendizagem elaborado com o Sway, como recurso didático, utilizado em sala dando suporte a aula, para desenvolver atividades extraclasse, como retomada de conteúdos, como recurso didático de apoio, ou buscando aprofundar conteúdos, se apresentou como um facilitador da aprendizagem, pois nele apresentamos ações orientadas com a finalidade de direcionar os estudantes à compreensão dos fatos históricos numa perspectiva intercultural ligada ao pensamento decolonial.