A ficção científica abriga nossos medos e maravilhamentos. Dialoga com as histórias e os conceitos da ciência e do trabalho humano
“O lance sobre o futuro…,
é que toda vez que você olha para ele,
ele muda, porque você olhou pra ele.
E isso muda todo o resto”.– Philip K. Dick
A ficção científica é um gênero surgido no século XIX e desenvolvido no século XX e abrange narrativas que incluem componentes científicos como essenciais ao andamento da trama. Falar sobre ficção científica nos remete a robôs, a viagens para Marte, a conflitos intergaláticos, a mundos maravilhosos e atemorizantes. Este duplo sentimento, de fascínio e horror, sem dúvida está associado com as especulações em relação ao tempo futuro, que pode despertar em nós disposições otimistas ou pessimistas. Afinal, toda narrativa construída ressoa a época em que foi formulada – só podemos abordar o passado ou o futuro no tempo presente, e é impossível nos libertarmos do agora.
A ficção científica – doravante, FC – também possui uma antiguidade. Nasceu antes mesmo da criação do conceito, em épocas tão remotas que nos parece surpreendente que o gênero possa ser antigo dessa maneira.
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As primeiras narrativas da FC abordavam temas relacionados com a figura do viajante, o aventureiro que se lança a explorar mundos desconhecidos, seja por iniciativa própria, seja por acidente. Adam Roberts, no livro A Verdadeira História da Ficção Científica (2018) defende que narrativas como a Íliada e a Odisséia, ambas de Homero, ao descreverem viagens e aventuras por lugares desconhecidos e/ou hostis, já seriam precursoras do gênero da FC. De fato, muitas das obras emblemáticas da FC utilizam as viagens em suas histórias: Júlio Verne, Johannes Kepler, Jonathan Swift, Francis Bacon, Cyrano de Bergerac e outros autores desenvolveram contos nos quais os protagonistas aventuram-se por territórios incógnitos, terrestres ou não. O interior do planeta Terra, o “outro lado” do mundo (que pode remeter a espaços não-europeus, como o Oriente ou a África), assim como a grande celebridade extraterrestre, a Lua.
Entre 160 e 180 d.C., Luciano de Samósata escrevia A História Verdadeira, que narra uma viagem à Lua e uma guerra entre “povos da Lua” e “povos do Sol”. Obras como essa, que antecedem o período de consolidação da ciência, são consideradas proto-ficção científica, e o gênero conto está associado às primeiras manifestações de narrativas desse tipo. Há um salto de 1400 anos entre a proto-ficção científica de Luciano e o início de uma teorização cosmológica mais racional. A noção de que o universo é infinito e dotado de inumeráveis mundos possivelmente habitados era defendida no século XVI — período da Revolução Científica — por Giordano Bruno. Foi o início de um pensamento determinante para o imaginário de obras de FC.
Esse mesmo século foi marcado pela Reforma Protestante, que agitou o pensamento religioso da Europa. As profundas transformações sociais e culturais que atingem essa época são percebidas nas narrativas da FC, que oscila entre uma visão de mundo materialista – influenciada pelo discurso científico e por um olhar amistoso em relação aos elementos materiais e econômicos da sociedade – e uma narrativa delineada por uma perspectiva mágica, mais voltada ao plano terrestre do que para a existência de outros mundos e galáxias, proposta que incomodava os dogmas da contrarreforma católica.
Portanto, visões materialistas e mágicas na FC são, na Era Moderna, determinadas pelos autores e suas respectivas crenças religiosas. Muitos documentos produzidos no período, como livros, tratados, cosmogonias e mapas descrevem lugares inóspitos do globo, “monstros” marinhos, seres das antípodas terrestres – conjunto que, lido em uma chave antropológica, nos mostra a visão do europeu em relação aos povos de outros continentes. Após 1492, na assim narrada chegada de Colombo ao Novo Mundo, as histórias de seres “monstruosos” serão utilizadas de forma perversa para justificar dominações, doutrinações religiosas e demais práticas coloniais. Embora tais obras não sejam propriamente tratadas como FC, uma vez que ainda não existiam nem o gênero literário, nem a nomenclatura, elas ressoam angústias e visões de mundo que atravessaram os séculos e foram reelaboradas nas eras moderna e contemporânea.
A narrativa da FC é construída a partir dos nossos medos, angústias e maravilhamentos. Uma vez que dialoga com a história da ciência, também nos informa sobre a história dos materiais, das técnicas, do trabalho humano, e todas os conceitos e debates esses campos de pensamento. A FC utiliza os mesmos motivadores iniciais da ciência – a curiosidade, a especulação, bem como a imaginação e as divagações – na elaboração das suas histórias. Não se trata de pesquisa científica, acadêmica (embora muitos cientistas tenham encontrado inspiração nas histórias de FC para o desenvolvimento de seus projetos), pois é ficção; e, talvez por isso, o gênero tenha se tornado tão rico, inteligente, intrigante e desafiador, transbordando das páginas escritas e espalhando-se na ilustração, no cinema (ele mesmo entendido, em seus anos iniciais e junto com a fotografia, como algo “do outro mundo”), nas histórias em quadrinhos, na moda e na cultura de massa em geral. Torna-se, inclusive, tema de pesquisa científica.
Somente em 1930 o termo “ficção científica” (science fiction) é difundido no cenário internacional. Isso ocorre por meio da revista americana Science Wonder Stories, fundada por Hugo Gernsback (1884-1967) e publicada de 1929 a 1955. Gernsback é considerado o precursor da FC em formato de revista, envolvido com a criação, divulgação e disseminação do gênero, atuando como escritor, editor (em 1926 já havia criado outra revista de destaque, Amazing Stories) crítico literário e inventor (criou máquinas para diversas atividades, “óculos-televisão” e outros dispositivos). A partir daí “ficção científica” passou por diversas transformações.
Alguns autores, contudo, observam que não teria sido Gernsback o criador do termo FC. William Wilson, poeta, editor e autor do Reino Unido (1826-1886) em sua obra de crítica literária A little earnest book upon a great old subject: with the story of the poet-lover (1851) mencionou pela primeira vez o termo “ficção científica”, bem como sua definição. Ao discutir sobre um comentário do poeta irlandês Thomas Campbell a respeito de uma união entre ficção e ciência, Wilson afirma: “Campbell diz que ‘ficção na poesia não é o inverso da verdade, mas suave e encantada semelhança’. Portanto, isso se aplica especialmente à ficção científica, em que as verdades reveladas pela ciência podem ser entrelaçadas com uma história agradável, que pode ser poética e verdadeira em si mesma – divulgando dessa forma um conhecimento da poesia da ciência, revestido com um traje da Poesia da Vida”. Assim, se Wilson menciona antes de Gernsback o termo “ficção científica”, sem dúvida coube a este último difundi-lo e popularizá-lo.
Para além do tema das viagens, terrestres ou não, A FC se baseia em grande parte no escrever sobre mundos, futuros e cenários alternativos possíveis de maneira racional. Diferentemente do gênero da fantasia, no contexto narrativo da FC encontramos elementos imaginários, inspirados em fatos reais ou do passado, que estão cientificamente estabelecidos ou postulados por leis e princípios científicos, ainda que o enredo permaneça imaginativo. Estamos diante, portanto, de um vasto campo de possibilidades de temas que o gênero passou a explorar ao longo do tempo. Em linhas gerais, a FC estrutura-se em torno dos seguintes elementos:
- Princípios científicos novos ou que contradizem as leis da física, como viagem no tempo ou wormholes: Aqui, o saber científico pode ser utilizado de formas variadas, para reforçar, refutar ou contradizer pontos do enredo; a ciência, grosso modo, é abordada de forma elástica, livre, adequando-se à narrativa. Aqui destacamos o subgênero conhecido como sci fi hard, caracterizado por seu interesse nas leis da biologia, da química e da física, no detalhe tecnológico e na absoluta precisão científica;
- Personagens alienígenas, mutantes, robóticos, holográficos, androides, bem como outros que desafiem a evolução humana ou a própria definição do que significa ser humano: Este grupo seguramente é um dos mais conhecidos e mencionados quando se fala de FC. Aqui, a FC dialoga com medos muito antigos do homem, sendo o temor do Outro o mais presente. Este “outro” pode ser abordado, nas histórias de FC, de forma amistosa ou hostil, conforme a época, o autor, os valores sociais e culturais de uma sociedade. A ideia de “monstro”, seja orgânico, seja artificial, está presente nas sociedades humanas mais remotas e habita não apenas as histórias de FC, mas também os romances góticos de horror, os contos de fadas, as mitologias etc. Angústias e aflições são construídas a partir da dissolução dos limites entre os conceitos de animado e o inanimado (robôs, habitações e eletrodomésticos “inteligentes”, carros, computadores). Inclassificáveis nas categorias usuais de seres, a ponto de serem chamados de “coisa”; “eles”, “isso”, “aquilo”, podem ser um e outro ao mesmo tempo (Frankenstein, Jekyll e Hyde). Máquinas “boas” e “más” espiam nossas inseguranças em relação às tecnologias que se tornam cada vez mais autônomas; se tiverem aparência humana, o temor expande-se. Aqui os exemplos são inúmeros: desde o clássico livro Frankenstein, de Mary Shelley, passando pelos filmes Alien, O Oitavo Passageiro, 2001 – Uma Odisséia no Espaço, O Exterminador do Futuro, Eu, Robô, a peça de Karel Capek RUR, até as obras de Philip K. Dick e Isaac Asimov, apenas para mencionar os mais conhecidos. As relações entre homens e máquinas transbordam para outros meios, como as histórias em quadrinhos, as séries de TV (Arquivo X), os desenhos animados (Os Jetsons) e até a música (Kraftwerk, Daft Punk). Também é importante mencionar o “outro” humano, construído a partir das experiências de engenharia genética, modificado geneticamente para ser mais saudável, mais longevo, mais inteligente – Gattaca, o filme de 1997, é um exemplo;
- Universos paralelos, outras dimensões e a viagem entre nossa realidade e estes outros lugares, enredos com cenários baseados no espaço extrassolar: a franquia Guerra nas Estrelas e Jornada nas Estrelas são os exemplos mais emblemáticos;
- Tempo estabelecido no futuro, em linhas do tempo alternativas ou no passado histórico que contradizem os fatos históricos e arqueológicos conhecidos e estabelecidos: H. G. Wells é um dos nomes mais importantes nas narrativas de FC que abordam guerras entre mundos e viagens no tempo, dotando conceitos de espaço e de tempo de notável flexibilidade, bem como semeando a angústia entre os leitores, ao especular sobre a possibilidade de vida extraterrestre. O filme O Planeta dos Macacos e os seriados de TV Túnel do Tempo e Perdidos no Espaço marcaram muitas gerações;
- Cenários baseados no interior ou na superfície do planeta Terra ou em outros planetas: Júlio Verne é o maior representante desta temática, criando aventuras com o uso de tecnologia na Terra e fora dela. Viagens de balão ou de submarino, além de projetos de conquista da Lua, foram temas que pavimentaram a estrada para os desenvolvimentos futuros das narrativas de FC, tornando-se clássicos do gênero. Também merecem destaques os nomes de Jonathan Swift (As Viagens de Gulliver) e Ludvig Holberg (A Viagem Subterrânea de Niels Klim);
- Tecnologia plausível como armas de laser, ou especulações tecnológicas como teletransporte, computadores humanoides e/ou conscientes: Philip K. Dick e William Gibson são nomes de destaque quando se trata de realidades alternativas, ciberespaço e inteligências artificiais. Muitas séries de TV exploraram esta temática, como Perdidos no Espaço, Jornada nas Estrelas, dentre outras;
- Diferentes ou novos sistemas políticos: utopias, distopias, pós-apocalipse: inegavelmente os trabalhos de George Orwell (A Revolução dos Bichos, 1984), e Ray Bradbury (Fahrenheit 451) são magistrais. Aqui a FC mergulha nas questões sociais e políticas, antevendo futuros dominados pela supressão de liberdades civis, por governos totalitários e por censuras de todo tipo. O cinema adaptou as obras de ambos os escritores, assim como produziu uma expressiva quantidade de filmes que abordam futuros sombrios em consequência do uso de bombas atômicas e guerras nucleares, especialmente durante os anos da Guerra Fria (1946- 1991). Uma graphic novel que merece destaque é V de Vingança, de Alan Moore e David Lloyd;
- Habilidades paranormais, como telepatia, telecinese e controle da mente, baseada em princípios científicos, ficcionais ou não: as séries Além da Imaginação, Doctor Who e Stranger Things e o cinema de David Cronenberg são apenas alguns exemplos desta vertente que aborda, além do componente tecnológico, o universo da parapsicologia e o poder da mente.
Estes elementos desdobram-se nos mais variados subgêneros: afrofuturismo, cyberpunk, distopia, steampunk, FC feminista, space opera, que englobam uma variedade de temas e tropos, como inteligência artificial, império galático, alienígenas, realidades paralelas, mundo pós-apocalíptico, viagem no tempo… O gênero da FC torna-se com o tempo cada vez mais robusto e complexo. As temáticas conversam entre si, sobrepõem-se, completam-se; assim, em uma única obra é possível encontrar viagens do tempo, distopias e feminismo, por exemplo.
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Mas nem sempre o gênero da FC possuiu uma legião de fãs, estudiosos e pesquisadores do tema. Das especulações sobre mundos e civilizações distantes, atreladas ao pensamento religioso do século XVI, passando pelo advento do iluminismo no século XVIII e assentando-se no pensamento científico contemporâneo no século seguinte, a FC realizou de modo constante uma reflexão sobre si própria, ao atualizar os temores e esperanças de uma determinada sociedade por meio de suas histórias. Ao possuir como elemento determinante a ciência, problematiza as questões sociais, o mundo do trabalho, os relacionamentos entre os humanos e as coisas que eles produzem. Este trabalho especulativo – pois pensar sobre o futuro demanda certo grau de especulação – não era visto com bons olhos por parte da sociedade europeia do século XIX, que entendia tais narrativas como literatura infanto-juvenil, não sendo dotadas de credibilidade, colocando-se à margem da chamada “grande literatura”. Estas histórias eram vistas como um entretenimento ingênuo e ridículo, e o preconceito estendia-se ao número de ilustrações nas obras. A literatura de Júlio Verne possuía diversas ilustrações em suas edições, um recurso que tanto mostrava o esforço do governo francês em ampliar os programas de alfabetização (e os desenhos, obras de arte por si só, ajudavam o leitor a entender a história), quanto serviam para “prender a atenção” do leitor ao longo do texto. Contudo, para parte da sociedade da época, textos com muitas imagens eram vistos como histórias para crianças.
Estamos distantes destes tempos. Que bom que a FC cresceu e chegou à vida adulta. Essa maturidade vem marcada por um fortalecimento do gênero, que deixa de ser visto como “literatura infantil” e ganha respeito no universo literário e cultural. É a partir da segunda metade do século XX que encontramos a FC em sua melhor forma. Os anos após 1945 são notadamente novos, para o melhor e para o pior. O globo encontrava-se em um processo – ainda não totalmente superado – de absorver, analisar e explicar fatos assustadores: o Holocausto e a máquina de morte do nazi-fascismo, a morte de 70 milhões de pessoas no conflito mundial, as duas bombas atômicas que atingiram o Japão, em suma, a destruição de um mundo conhecido que levou a outro conflito, uma guerra ideológica e de constante tensão, que só terminaria no início da década de 1990 – e com muitas questões ainda não resolvidas; um contexto marcado pelas atualizações dos medos – e, também, das esperanças.
O jogo de forças entre Estados Unidos e União Soviética, as contestações da juventude e das contraculturas, as rachaduras nas sociedades tradicionais e nos antigos sistemas de pensamento que se mostraram insuficientes para explicar os novos tempos, tudo isso se tornou um terreno fértil para novas narrativas da FC, especialmente nas histórias em quadrinhos, séries televisivas e cinema. O medo, a paranoia, a desconfiança e o temor do “outro” marcaram as produções do período, com destaque para as norte-americanas. O cinema de terror mescla-se com elementos de espionagem, drama noir, e FC.
No verão de 1947, jornais informaram que destroços não-identificados foram encontrados no Novo México, dando origem à primeira onda de paranoia referente aos discos voadores. Tramas de invasão alienígena em filmes de terror e sci-fi refletiam as angústias do período. O monstro do Ártico, de 1952, mostra alienígenas bebedores de sangue. Vampiros de almas pode ser visto como uma metáfora da ameaça comunista. Muitos filmes de FC da década de 1960 confundem-se com o gênero do terror. Outros têm temáticas e formatos tão variados quanto a especulação política e o space opera, como Barbarella, de 1968.
Por fim, o que significa falar de FC nos dias atuais? A principal característica deste gênero é a sua constante atualização; os filmes, os livros, os quadrinhos e o streaming mostram uma FC notavelmente interessada nas questões ambientais, na necessidade de preservação do meio ambiente e nos perigos que estão à espreita caso o planeta mergulhe em catástrofes ambientais. A exploração de outros planetas acompanha os avanços da ciência, e, embora a Lua já não seja mais um dos territórios românticos do escritor de FC de duzentos anos atrás, ela ainda desperta interesse, ficando atrás apenas de Marte. O planeta vermelho, personagem tão frequente na FC dos anos de Guerra Fria, hoje é estudado para fins de colonização e até mesmo de turismo de entretenimento, por enquanto acessível apenas aos multibilionários.
Os computadores continuam o centro das atenções, contudo. Com a onipresença da Internet, que determina os rumos dos seres humanos, usuários dela ou não, questões tecnológicas entrelaçam-se com aquelas morais e políticas: o uso da inteligência artificial (que passou a ser a vilã em franquias de filmes como 007 e Missão Impossível), das fake news e deep fakes, a lógica dos algoritmos que determinam e condicionam comportamentos de consumo e “estilos de vida”, tudo isso nos coloca diante de um atualizado Admirável Mundo Novo, com todos os seus riscos e maravilhamentos intrínsecos.
A ascensão (retorno? revitalização?) de grupos extremistas e os perigos de cerceamento de liberdades, o controle comportamental e as questões de gênero e raça também são temas sobre os quais os autores de FC contemporânea se debruçam. Esperemos que muitos destes temas contentem-se em permanecer somente como ficção.
A ficção científica não se alimenta de futuro, se alimenta do presente, pois ele é o lugar onde o amanhã é imaginado. Afinal, como dissemos no início deste texto, toda história é uma história do presente, e com a FC isso não seria diferente. Todos os futuros que virão, e que inevitavelmente se tornarão passados, encontrarão abrigo nas suas narrativas, e assim poderemos sonhar com mundos melhores.
Um comentário sobre “Uma Breve História da Ficção Científica”
Texto magnífico da gigante Vanessa Bortulucce! Parabéns para todos da revista Úrsula, vocês chamaram a melhor das melhores.