Uma História Social dos Valores do Vale do Silício

Problemática: os pressupostos éticos e as vivências dos principais atores da era computacional.

Premissa da pesquisa encontrada no livro A Era da Informação – vol.1: A Sociedade em Rede, de Manuel Castells. Na página 63, o sociólogo espanhol diz:

Ainda está para ser escrita uma história social fascinante sobre os valores e visões pessoais de alguns dos principais inovadores da revolução nas tecnologias computacionais do Vale do Silício, da década de 1970. Mas algumas indicações parecem apontar para o fato de que eles realmente tentavam decifrar as tecnologias centralizadoras do mundo empresarial, tanto por convicção como pelo nicho de mercado. A título de elucidação, relembro o famoso anúncio da Apple Computers, em 1984, para lançar o Macintosh, em oposição explícita ao Big Brother (IBM) da mitologia orwelliana. Quanto ao caráter contracultura de muitos desses inovadores, mencionarei a história da vida do gênio criador do computador pessoal, Steve Wozniak: após abandonar a Apple, chateado pela transformação em empresa multinacional, gastou uma fortuna durante alguns anos subsidiando seus grupos de rock preferidos, antes de fundar outra empresa para desenvolver tecnologias a seu modo. Em um certo ponto, após ter criado o computador pessoal, Wozniak se deu conta de que não tinha educação formal em ciências da computação, então matriculou-se na Universidade da Califórnia, em Berkeley.

Uma hipótese já está indicada nesse trecho: a suposição de que eles “tentavam decifrar as tecnologias centralizadoras do mundo empresarial tanto por convicção como pelo nicho de mercado”. Castells dá apenas duas evidências anedóticas (a historieta sobre Wozniak).

Metodologia: é citada a história social, mas certamente cabem outras abordagens.

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